sábado, 7 de janeiro de 2023

40/23

Voltei, sete? Oito? Cinco? Anos depois quantos, não sei, o tempo e sua forma de passar virou um questão sensível pra mim. Ontem começou um ano novo e a primeira semana dele já acabou hoje. É essa a forma de passagem agora. E por agora eu me refiro aos últimos 3 anos. Tudo voa. Tudo tem que ser feito na hora que surge a demanda. Se fica pra depois, não serve, cai no esquecimento, no limbo. Mensagens recebidas precisam de respostas em segundos, e-mails em poucas horas, DMs e chats, imediatamente. Sob risco daquilo evaporar rápido como o suor na sua testa durante um jogging no sertão nordestino. Tão rápido que você mal sente e nem percebe… 

E eu que sempre andei ali na frente, curtindo e abrindo portas dessas novidades, morguei. Mas morguei por estar sentindo que algo mudou e tem me feito mal. Depois de uma pandemia viral que matou milhões, só se acentua uma pandemia digital que destroça aos poucos.  As relações, as identidades, as particulares. Destroça as almas. 

Sigo pensando: será que estar na frente não está me mostrando o meu futuro nisso tudo? Será que não é hora de parar. Voltar o olho pro micro, pro meu, para as árvores ao redor de casa, para o pássaro pousado na janela de casa, para Alice -gatinha do meu corarão-  tremelicando seus bigodes pra ele? Será que ver e viver coisinhas assim sem pensar em pegar uma câmera e captar aquilo pro mundo ver, deixando aquele momento no micro, meu, comigo, não seria uma saída? 

Seria? 

A coisa é toda tão bem articulada e desenhada que o medo de se isolar dela e perder o contato com o mundo que você sabe que está e estará ali no mesmo lugar, apavora. 

Apavora tão quanto a sensação de estar sozinho cercado de gente, de elogios, de saudades, de sorrisos, abraços e te amos recebidos por uma tela. 

E enquanto tudo passa tão rápido, veloz e líquido a única solução no momento foi sentar e escrever. Encolhido num canto, olhando um Bob de oito anos que me fita fixamente como se dissesse: estou aqui. Você também está, e não está só. 

Será Bitos? 

Será? 


Phones: Ever the Same - Rob Thomas 

sábado, 30 de julho de 2016

Back and Forth.

"Ah, meu amigo, você deveria voltar a escrever..."

Pensei no que, em que, como que.

Sempre que usei esse espaço, o fiz abrindo a alma. Mas, contudo, sempre tive medo que a vida removesse tal capacidade de ler meu íntimo. Trabalho, estudo, investimento de vida, crescimento profisional e pessoal... Venetas de evolução que costumam entrar e permear os dias e noites, deixando escasso o tempo para ler o nosso próprio reflexo.
Só que, metido a profundo como sou, nunca deixei de mergulhar comigo em mim. Nunca. Pra mim, isso é como respirar, como me hidratar, viver.

Pretendo voltar,
Me explorar,
Me esvaziar,
Me deixar.

Pra mim, pra tudo.



Phones: Just Say The World Away - Young Kato.




domingo, 8 de setembro de 2013

Learning.

A ter paciência. Fazer condolência. Perceber a essência. Evitar saliência. Valer a preferência. Usar veemência. Cultuar a coerência. Ser inteligência. Respeitar a resistência. E ter paciência. 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

New year's eve.

E hoje acaba um ano que começou com um susto, seguido que uma vitória abençoada pra toda minha família. Só por ela, todo o agradecimento é pouco. E assim se seguiu, com perdas, conquistas, felicidades, tristezas, consolidaçoes. Amores foram pra longe e não ter presenças de uma vida inteira ao seu lado pode ser dificil, entretanto mais amores entraram cada vez mais em minha vida. E eu me vejo cercado deles, de perto ou de longe, amado. Trabalho duro, esforço e foco, sempre. Algumas realizações não se concretizaram. Mas o mais difícil, o arar do terreno, a preparação pra tudo, foi e está sendo bem feita. Agradeço pela saúde dos meus, pela sabedoria para preparar meus sonhos, e firmar minhas âncoras. Peço um novo ano de paz, luz, saúde e boas vibrações, pra mim, pra nós. O restante, somos capazes de alcançar. Feliz 2013, minha gente!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Life is too short to even care at all...

Sufocado. Hoje tô assim. O pior é estar sufocado por mãos amigas, amadas. Amigas? Amadas? Amantes. Pensando mais "out of focus", ter a certeza de que não há mais certeza me angustia. Me angustia mais do que essa tal falta de ar carinhosamente causada pelos meus. Pelo meu. Mas, e vale a pena se prender a isso? Há tempo? E se houver, o brightside não seria mais prazeroso de observar? Afrouxando o nó da gravata borboleta humana carinhosamente e respirando junto, mesmo que com dificuldade? E se esse tempo não houver? Ok, repasso a pergunta. E sem mais por hora, afinal, amanhã ainda tem verdade do lado de fora do meu wonderful wonderful world...