terça-feira, 21 de abril de 2009

Moving

"Na moral, comigo sempre rola uma ressaca moral ..."

Essa é uma frase que escutei ontem numa mesa de bar, no meio da noite. Bom, nunca passei de uma dor de cabeça de leve e uma sede fora do comum, mas hoje, depois de uma brainstorm pesada ontem a noite, a carapuça serviu. E me senti assim. Mesmo tendo passado a noite apenas sorrindo, conversando, falando e tendo me mantido de certa forma longe, a distância...
Mas tudo isso faz parte, eu sei que faz. And the show must to go on. :)

Coming Soon

E pela primeira vez vou ver um filme nacional depois de ter lido o livro do qual ele teve origem :)

Budapeste - Baseado no livro homônimo de Chico Buarque de Holanda

Wait there, coming soon :)

domingo, 19 de abril de 2009

Velhicidades

Ontem passei por um momento meio mágico. Naqueles dias em que voce sabe que está sensível, sabe que qualquer coisa do passado, seja ele longiquo ou próximo, vai lhe trazer uma sensação de impotência diante daquilo que foi um dia, bonito ou não, foi. Aniversário de uma pessoinha especial, filha de outra bem especial. Alguem fala: " Vamos todos ver o DVD que fizemos pro aniversário dela!"
Eu pensei : "Sério???" E segundos depois: "É minha chance, quando esse telão ligar eu pego a primeira à direita e me mando... tenho que fazer alguma coisa mais "adulta" hoje". Apagaram as luzes, e quando o troço começou a rodar eu ouvi:

" Tudo pode ser, se quiser será, sonho sempre vem pra quem sonhar, tudo pode ser, só basta acreditar, tudo que tiver de ser, será..."

Parei onde estava, peguei uma cadeira de lado e sentei. Minha cabeça começou num rewind absurdo:
Formatura de oitava série, Formatura de terceiro ano, reuniões na casa dos amigos em Olinda... Passeio por Sampa ouvindo e cantando isso out loud...

Então parei para ouvir o que a tal Maria da Graça tava dizendo, o que eu já tinha ouvido tantas e tantas vezes e a cada vez, a reação era diferente.
É impressionante como as coisas se encaixam as vezes, como voce é pego de supresa e num momento em que não espera que uma música, antiga, brega, provavelmente uma dessas que voce teria vergonha de dizer que adora ouvir até bem pouco tempo atrás. Com um aperto no peito comecei a olhar os convidados, e quase todos cantavam. Uma menina, com seus, sei lá, 25 anos, chorava discretamente, cuidando para não borrar a maquiagem, e eu fui no mesmo caminho. Lembrei de meus colegas de colégio se abraçando, correndo sobre o S da quadra Dom Bosco. Ao mesmo tempo uma alegria surgiu em mim, e ao ouvir:

"vamos com voce, nos somos invencíveis pode crer...."

Então eu sorri. Senti o abraço dos meus colegas naquele dia, senti o cheiro das petalas de rosas que caiam sobre as turmas de terceiro ano. E me senti bem. Bem.

Foi estranho ver dezenas de pessoas sendo de certa forma envolvidas por uma música que marcou a vida de muitos e de uma forma ou de outra ainda marca, ainda dá forças.

Foi mágico perceber como em mim, ela funcionou, teve sentido.
E salve as festinhas de criança, "a rainha dos baixinhos" ( :] ) e as supresas que coisas como elas podem trazer quando menos se espera.

One of us.

"You got to let me go
Are we human?
Or are we dancer?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer

Are we human?
Or are we dancer?"

The Killers - Human

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Mesmo na escuridão...

No meio de momentos ruins, momentos em que as luzes estão apagadas, em que você sabe que o interruptor que traria de volta a luz que você estava acostumado a ver cruzar as persianas da sua alma, lavando o chão dos seus dias, está distante e que não importa o quanto você salte ou se esforce, além de alto ele está quebrado, solto, desconexo. Isso lhe dá medo, lhe faz pensar, pensar, retornar ao mesmo ponto, e pensar, pensar. O escuro te machuca, e você parece sentir na pele a sensação de estar ali sentado, sozinho. Mas em tais momentos, levado por impulsos que movem nossa alma, mesmo não sabendo ao certo se é certo, com um movimento que requer coragem, se esgueirando na escuridão que lhe cerca, você age. O escuro ainda lhe incomoda, você não tem luz, darkness is all around, mas você encontra um pouco de paz. Paz por ter tido coragem, paz por lembrar que sentimentos nobres existem e podem lhe dar conforto em tais momentos, paz por saber que voce não está tão sozinho, mesmo se sentindo assim, mesmo sem luz, sem aquela luz.

Obrigado por me ouvir, por me deixar mostrar tudo, mesmo depois de tanto tempo. E acima de tudo, obrigado por ser há tantos anos, meu amigo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Vontade

Queria enxergar melhor, queria sentir melhor, queria controlar melhor. Não posso, não consigo. Achei que fosse mais forte, mais firme, e de repente percebo que não. Percebo que não estava tão bem, que não fazia tão bem. Percebo que em mim sempre há disposição para mudar, sempre há, sempre sou aberto a tudo, mesmo que não consiga instantaneamente, mesmo que demore, mesmo que não numa semana ou duas ou três. Mas o que são semanas no significado de uma vida, no tamanho indiscritível do que se sente, no futuro que se sonha, no que se pretende? Não direi que não estou perdido, pois estou. Como já pensei uma vez, deixo para amanhã, vou deixar para amanhã, quando a alma estiver mais serena, quando a emoção estiver mais amena, quando então puder ver claramente, sem tanta dor, sem tanto sofrer.  So digo que amo, que sim, te amo, e disso voce sabe. Espero o tempo passar, levando tudo de nós comigo, para quem sabe mais uma vez poder nos achar denovo, viver denovo, e quem sabe ser mais que tudo isso, denovo. 


quinta-feira, 2 de abril de 2009

1.

E um mês depois tô de volta. Entrei em recesso no blog, passei um mês olhando, olhando e não tinha vontade de escrever nada por aqui. Nos últimos dias tenho me sentido meio vazio, tenho buscado a explicação pra tal mas não tenho encontrado, ou talvez não esteja querendo ver algo que está bem ali, na ponta dos dedos, ao pé do ouvido...
Será que tenho medo? Será que é uma questão de não saber onde por o pé, caso o tabuleiro vire? Melhor, caso eu empurre o tabuleiro ao contrário? Não sei, mesmo.
Mas do jeito que está, I can't take anymore.

Não há nada melhor do que desabafar por "entrelinhas" ler as coisas e ver claramente o que voce quer dizer, mesmo sabendo que ninguém vai chegar ao ponto, aquele tal ponto.



Phones: Pink - Sober