Sabe inferno astral? Pois. Eu nunca acreditei nisso. Nunca tive a crença de que apenas por estar chegando o dia do meu aniversário uma série de coisas poderiam acontecer e me deixar de cabelo em pé. Sempre, há anos umas coisinhas estranhas aconteciam nas "prévias aniversárianas" se assim posso chamar esse tempo. E quando eu parava para olhar, tudo estava uma bagunça, e das grandes. Entropia total. Não que depois do meu "
born time" isso passasse ou do dia para a noite as portas da esperança se abrissem e os problemas que todos nós temos aliados ao plus desse tão temeroso tipo de "
Hell" sumissem sob ação de um passe mágico da varinha de condão do calendário. Mas, depois que entrei na faculdade e comecei a conviver melhor com meus queridos amigos aquarianos, comecei a perceber que tinha algo mesmo aí. Alguns comentavam coisinhas de seu período "pré
birth"e eu pensava:
"
Putz, essa P. existe mesmo é? "
E passei a dar mais atenção a essas coisas.
Ontem um ciclo de stress se fechou ao meu redor, e eu cheguei no ápice. Acordei com um passarinho fazendo suas necessidades em minha janela, ainda bem, não exatamente no meu rosto, na minha testa. Levantei, tomei banho e fui trabalhar. Antes disso tudo resolvi ligar o computador para checar umas coisinhas, e tcharam! Mais uma vez notei como pessoas perdem tempo fácil. Relevei, e sai. Já no consultório popular observei que o movimento no único dia em que ganho dinheiro dependendo do número de pessoas que resolvem entrar pela porta do consultórioera péssimo: 10. Dez pacientes.
Talvez alguém pense: mas dez pacientes não é um número tão ruim, dentista cobra caro, esse menino deve ter lavado a burra. Não, podem ter certeza.
E desses dez pacientes? Algumas ação maléfica da temida onda astral? Sim!
Uma tapa no rosto e uma mordida no indicador, de uma menina de 12 anos. É lógico que ela levou uns gritos e um sonoro:
"Saia da minha cadeira por favor, agora!"
Sai de lá sem paciencia, mais cedo do que deveria.Peguei meu pai e fui resover umas coisas com ele. No caminho de volta, a três veículos na minha frente ia um caminhão de concreto, a três veículosna minha frente. Daí o inesperado surge: uma pedra cai do caminhão, e eu, que observei o momento fatídico de sua queda, fiquei, numa visão meio matrix, observado sua trajetória.
E repetia na minha cabeça: não, não, não, não!!!!
Na hora em que Duffy soltou seu agudo:
Seriiiiiiiiiiiiiiiiiioussssssssss a pedra bateu no meio do meu capô.
Putz, simplesmente putz.
Três carros, uma pedrinhavoa e bate bem no meio do meu capô . Ai, ai.
Voltei pra casa, feliz e cantando ( tentando esquecer a raiva que eu já sentia).
E eu dirigia com toda atenção, e pensava:
"
vou dar sorte pra isso nada, já pensou? Chega logo dia 7!" :)
Em casa novamente e mais perca de tempo em ações virtuais, não vou mentir, mexeu comigo, mas ei... tem coisa mais forte por cima disso tudo, "
forget it", seja lá quem for.
Acabei acumulando sentimentos ruins, chorando, não por culpa desses sentimentos, mas por demais situações que fogem do meu controle, de novidades que soube e não sei lidar com elas, ainda, de ações que geram reações não esperadas, enfim.
E acumulei mais sentimentos ruins e tive raiva, e cansei. Mas quando parei para analisar a coisa toda... "menos né Paulo, por favor" Aí sim a frase serviu.
Saldo: uma quase cagada no rosto as seis da manhã, pouco dinheiro no bolso, uma pedrinha no capô, estress durante a noite...
Saldo final: um Ph feliz e saudável.
Alguém acha mesmo que existe esse troço todo? Esse tipo de coisa não poderia acontecer a qualquer dia da semana ou do ano, de toda minha vida? E se fosse pra ser um inferno, coisas graves deveriam acontecer, concordam? O que há de tão grave numa sujeirinha na testa, um risquinho no capô do carro e uns reais a menos na semana? :)
Tudo depende da forma de como agente olha. Por anos e anos me falaram disso, e por anos e anos e acreditei e continuo acreditando que essa coisa pode até existir, mas dependendo da forma como agente olhar pra ela, ela cresce ou agente nem a vê passar.
Então, que venha o tal número vinte e seis.
PS.: Sem mais sujeirinhas na testa, por favor.