quinta-feira, 26 de junho de 2008

time after time

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Para tudo existe uma época, e uma hora para cada propósito abaixo do paraíso."

Eclesiástes 3:1-8

A few questions that I need to know...

Bem, estive pensando.. Pensando num contexto geral e aberto, num contexto nao paradoxal, e cheguei a conclusao que nada sei. É, nada sei. Sempre vivi de ouvidos, de antenas, de opiniões, de opções. Normal? Não, "be normal" seria viver de seus ouvidos, suas antenas, suas opiniões, suas opções. Ter a certeza de que as situaçoes seriam decididas por si próprio.

E em vinte e cinco anos um sujeito não consegue isso. E até consegue... mas sempre com a recepção de imagem pela antena alheia, ouvindo a música da vida pelos ouvidos de outrem... assim. Inerte. Vivendo, inerte. Suddenly se desperta, revira a poeira assentada há anos e se olha no espelho. Time goes on. Life goes on. E como pode algúem exergar tanta coisa em tão pouco tempo? Até o prórpio sujeito se pergunta...Pois pois. Talvez por um misto de sensibilidade com vontade de mudar, de ser criança com ser adulto, de ser menino com ser homem. Pelo fato de olhar as coisas por um prisma diferente, tenha despertado tao rápido pra alguns fatos, visto que eles, se nao mudados... bem, se nao mudados poderiam até...enfim, levar ao fim.
Chegou a hora do sujeito se erguer. Chegou a hora de me erguer. Isso nao passa por esquecer, deixar afundar, decaptar. Passa por ver de forma diferente, pelo menos de inicio. Um caminho brilhante, uma estrada com flores? Buracos? Thunderstorms? Arco-ìris? Apertos? Sucessos? Solidão? Amor? Nao sei, mas como me disseram um dia. Viva, só assim voce vai saber como foi depois. yeah, yeah... these are questions that I need to know, but just living to see.

terça-feira, 24 de junho de 2008

em mim

Por que voce me faz sofrer?
Vivo pensando em formas de tentar te convercer do contrario que voce pensa...
há dias a pegada é essa, e infelizmente nao acho jeito.
Amo voce, voce sabe disso. mas...
Cansei de escrever por entrelinhas, cansei de tentar esconder coisas.
De tentar parecer forte, feliz, parecer que aguento, que posso.
To sofrendo sim, sofrendo pela coisa mais comum no mundo, gostar e nao poder ter, amar e nao ser correspondido. E isso me mostra fraco? Mostra que eu nao sei viver? Talvez nao, talvez sim. Talvez mostre quao insano eu sou, de numa página publica mostrar sentimentos nús, desvelados. Talvez mostre que sou sensivel demais, e talvez até inocente, por deixar as pessoas que me conhecem saberem me machucar tao bem. Talvez mostre que sou egoísta em querer algo que só eu quero.
Queria terminar isso aqui dizendo que é uma fase, que vai passar...
Mas não é isso que tenho comigo agora. Estou chorando sim, e talvez o tempo nao tenha sido suficiente para fechar ferida alguma, e nem seja.

fui

A little pair of black flowers.

" Ê nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
Nunca mais eu vi
Os oím dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
São dois jarrinho de flor
E todo mundo quer cheirar "

How I wish.

"Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse

Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tavés que nois dois ficasse
Tavés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse"

De fato, comeu.

" O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas,
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte. "

João Cabral de Melo Neto,
por Cordel do Fogo Encantado, em Dos Três Mal Amados.

Revendo o visto.

Num tempo em que rompi preconceitos e libertei ideias, dei atenção à algo que não acreditava poder me agradar. Cordelizei. Em princípio euforicamente, de forma que não interpretava o que ouvia, apenas sentia as batidas e pulando me sentia bem, embaixo de uma chuva fina e fria. Um ciclo depois, me dei o direito de, fazendo diferente, ouvir paradinho, atento, ao que era dito, declamado. Nesse momento um misto de emoção revirou-se dentro de mim, lembranças saudades, alegria, tristeza, euforia, luz, escuridão. Pensei em todo o contexto, encaixando peças, senti que ali, tudo que era passado servia para mim. Sorrindo de leve, derrubei uma lágrima, expremida no canto do olho, e no Sertão de meu Deus vi como tudo é mais profundo do que pode parecer. No meio da multidão me senti sozinho, introspectivo, introspectando, entendendo, me identificando.
Enfim, em fases e trechos deixarei aqui a memória dos momentos que me tocaram, que finalmente, depois de ciclos e ciclos, me tocaram.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Isso, só depois de amanhã.

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...

Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...

O porvir...
Sim, o porvir...

Álvaro de Campos

E salve Fernando Pessoa.

Day.

Acordei as sete, engasgado. Levantei e nao saia... Olhos inchados, edema palpebrar agudo. Minutos depois coloquei tudo pra fora, num alívio me senti bem melhor. Mesmo.
"Voce tem o coração fraco, pra que se meter onde não sabe onde vai dar?" Pra que? Pra aprender a saber, e tentar ser feliz. Done. Lunch time, e a hora tão aguardada. E tinha que ter uma bicicleta no meio do caminho? Um "senhor" que já meio sem posses de suas faculdades auditivas, fez - se de mercador para todo buzinaço que proferi. "crash", but no burning, not yet. At point, on time, falei, falei, falei. Ouvi, entendi, cheguei a conclusões. How could I act like that? Enfim, dentes. Yes dentes. Homerville... little town de meio oeste Americano? Não, dono de dentes em check mesmo. Funny ha? Time goes by, and let's shopping baby. Sapato, camisa, camiseta, perfume.
Por que será que comprei tanto? Buscando o que? Buscando quem? Nem preciso de terapia pra saber. Bom, Amex serve pra essas coisas.
E agora, envolvido nos pensamentos volto as questões da hora do almoço, não sei se fico triste, se abstraio, se tenho que me animar, se devo correr, se devo esperar, se devo ficar no meu lugar. Porque tem que ser assim? Difícil, longo, longe? Por que eu não soube e ainda não sei ter meu espaço? Fico puto quando vejo o reultado de certas coisas e não posso agir, by now, para mudar tudo. Enfim, por hoje cansei. Cansei de minha angústia, cansei de sentir falta, cansei de tentar ligar, cansei de ter que esperar. Vivi um dia como vários outros, mais um dos 9.130 já vividos. Terminei, sem culpa, com um Häagen-Dazs.
Salve o capitalismo, a desgraça e a delícia do nosso mundo.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Just for you.



"Sempre vou levar nós comigo. Pra quem sabe um dia, achar a gente denovo e amar tudo denovo, sentir tudo denovo; ser a gente, denovo."