segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Insatisfeito, sobremesa.

Passaram-se alguns dias desde o ocorrido. A última postagem estava em rascunho, e hoje resolvi publicá-la e escrever esse último texto. Não sei se é muito possível, mas acreditem (ou não) eu ainda estou sem a documentação do meu carro. espero ansioso, e já sem paciência o dia em que isso tudo, terá um final feliz. Feliz? Sim, I hope so. Emplaquei o carro com uma placa que ainda não existe nos registros do Detran do estado. Espero ( e confio ) pelos que me venderam o carro, toda essa agonia, tem me feito perder o brilho de comprar o primeiro carro novo, sabe? Lamber, chamar de lindo, coisas assim, não tem acontecido. Tô com saudades do meu Besouro, e meu apego a ele ainda é imenso :( Mas agora tenho uma nova opçao, um carro novo que me permite me jogar nas estradas e ir aonde tiver afim...


Um tempo enorme se passou... Perdi a inspiração para escrever sobre tudo isso.


Dirijo o carro novo, estou devidamente emplacado e documentado.

E para os que me perguntaram pela sobremesa, aqui está ela.

Light, e bem pequena, afinal preciso perder uns poucos quilinhos :)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Insatisfeito, prato principal.

Desci do carro, e a vista ficou escura... Eu só pensava: putz, viajei 300 mks pra trocar o carro e bati ele na porta da casa de Arnoldo... Putz, PUTZ! Olhei o rastro da freiada que dei e de repente, buft. Sim. Eu ia caindo, e pela primeira vez na vida eu ia desmaiando. Não foi uma queda, um fraquejo das pernas, foi apenas um "embaçamento das vistas". Eu não ia me dar o desfrute de cair assim, mas pra quem viveu comigo todo dia, por cinco anos seguidos, deu pra notar que eu não tava bem e Ana Sofia me segurou e me salvou do vexame. Me recompus em segundos, e seguiram momentos de raiva, ao ouvir a figura se pré-supor doutor, de indignação ao ouvir a autoridade dizer que eu tinha razão, mas.... De medo, ao pensar que não poderia, nem trocar de carro, nem ter meu besouro, meu querido besouro, rodando comigo como já faziamos há cinco anos. E no fundo da minha cabeça eu só via a frase piscando em luzes neon: E agora? E agora? Horas depois, deixei o carro na conscecionária, ainda puto com tudo, com a P. da falta de justiça, com o fato de meu seguro arcar com a irresponsabilidade de incopetencia alheia, em ouvir um matuto qualquer dizer :

Esse povo vem da "capitá" pra "azuar" aqui!

Inferno!Prendi todo o choro, e numa ligação desabei... chorei, de soluçar. Aliás, obrigado por me ouvir.

Almocei não, engoli uma feijoada na loja de carros, onde acontecia uma festa de fim da ano, um barulho isuportável de um pagode inaudível ecoava num galpão de oficina cheio de carros em manutenção. Depois de tal agradável refeição, ( que ao menos foi gratuita) fomos convencidos a pernoitar, afinal eram cinco da tarde e eu literalmente nao tinha condições psicologicas de voltar para Recife. Foi uma noite de conversas com meu pai, conversas acreca de quanto eu podria pagar, como eu poderia pagar, prazos, juros e correções sobre um veículo novo. Chato, mas necessário.

O dia amanheceu e o "homem" já na loja, esperava pra resolvermos a situação...
Sabe rodada de leilão? Vamo, faço isso e aquilo e voce leva o carro agora.
Sabe vontade de gritar meter a mão na mesa e dizer:

Peraí!! Menos, por favor!

Bom, Resolvi. Acho que nesse ponto tive uma vantagem: um preço consideravelmente razoável.

Voltei para casa. Coração apertado. Quem me conhece sabe o apego que tinha com meu Besouro. Tirei todas as coisas de dentro dele, coisas que estavam lá, guardadas há tempos. Coisas mantidas com razão e com motivo, como as notas de todos os serviços feitos desde que o carro estava na minha mão, e coisas mantidas sem razão e muito menos motivo como o tênis Nike que perdeu o solado no circuito Campo Grande do carnaval de Salvador. Ficando na mala, preto ( antes era cinza) dentro de um saco plástico transparente, esperando o dia de ir na lavanderia. Cheguei em casa. E restava esperar, pois na segunda feira os documentos estariam na minha mão e o carro seria meu.

to be continued.

Insatisfeito, entrada.

Bom, resolvi que não iria expor história tão inconvinente e com viés tão inacreditável mas diante dos últimos fatos minha insatisfação chegou em seu limite, no topo. Então, em dois ou talvez três posts eu consiga expor tudo que preciso.

Relato:

Sábado, treze de dezembro de 2008. As sete da manhã sai de casa e passei na casa de Ana Sofia, minha dupla de faculdade, companheira de tantas roubadas ( e não roubadas ) para irmos em Arcoverde, cidade conhecida e querida por nós, por suas festas juninas e por ser a "terra mater" de Arnoldo, a outra ponta de nosso triângulo amistoso. O obejetivo era trocar de carro, afinal desde que conheci Arnoldo Filho que ele me dizia:

" Quando for trocar de carro, venha trocar em Arcoverde, meu pai é amigo de Toin ( Oi? ) o dono de uma concessionária aqui , e aí tudo fica mais fácil, sabe né? Troca de favores típica de interior...

Assim, eu fui. Perto de casa, Dia de Santa Luzia, e a paróquia de meu bairro estava em festa, afinal era dia da padroeira. Passamos em meio a uma avenida cheia de santinhos, imagens, barraquinhas e fitas coloridas amarradas nas grades da praça, que ganhava ares de Bonfim quando o vento dava e levantava as fitinhas formando um arco-iris bonito de se ver. Pedestres, carro de procissão, todos querendo pagar promessas aquela que protege as janelas de nossa alma. Seguindo pela BR 232, Rodovia Luís Gonzaga tava tudo certo, tudo bonito, lindo. Dia de sol, chocolate na mochila, Jason Mraz cantando "I'm yours" e meu corsa verde subia em direção a serra normalmente sem intercorrências. Subitamente, o ponteiro indicador da temperatura passou a subir, subir e subir. Não era possível que meu besouro ( apelido carinhoso do meu corsinha 99) estivesse presentindo que seria trocado.. Paremos uma vez, duas, três vezes. E já na altura de Bezerros ( da cidade de Bezerros) depois de parar cinco vezes, resolvi ir numa oficina. Veredito: válvula de num sei o que, que so pode ser trocada depois que o carro estiver frio, o que me custariam duas horas, tempo suficiente para chegar no destino... Resolvi voltar, e no caminho de volta, o carro passou a baixar a temperatura. Foi impossível, esse ser que vós escreve não imaginar que tudo não passava de uma armação de meu carrinho, pelo qual eu conservava tanto carinho, para que não fosse trocando. Mas num consenso dentro do carro, eu, o pai e a "dupra" resolvemos: Vamos!

Daí até Arcoverde foram mais três paradas para colocar água no radiador, e mais duas para esperar que mesmo no calor de uns 42 graus, no mínimo, o Besouro baixasse sua febre. Nessa duas, parei o carro no acostamento, e de lado a lado da BR apenas uma vegetação cinza e uns urubus viajavam. Olhava de lado, e via aquele fervilhar do asfalto, olhava o painel e via a temperatura cravada em 100 Celsius. Mas eu tinha colocado na cabeça que chegaria até lá. Subindo e descendo serras, cheguei. Peguei a entrada para a casa de Arnoldo e aconteceu o Inacontecível: bati o carro.

Seguia a direita do veículo que colidiu com o meu, e numa via de maior fluxo, num cruzamento sem sinalização . De quem era a razão? Bom, segundo o guarda de trânsito, do BPM de Arcoverde :

" Veja bem Dr., o senhor está com a razão, mas se as duas partes não entrarem em acordo, é melhor o senhor não brigar, porque pode complicar. "

Complicar? Bom, deixe-me explicar. O veículo que vinha no outro lado do cruzamento e que deveria ter parado, ( não que eu não devesse, mas diante das circunstâncias de favorecimento, não parei) era de propriedade de um "Dr. advogado"(como ele mesmo se intitulou quando se dirigiu a mim) um carro de luxo, recém tirado da concessionária. E ironia do destino, a figura era advogado da empresa com a qual eu faria negócio com meu besouro... E mais coincidência ainda, o tal Toin, passava no hora da batida...

Sabe a Torre Eiffel do Hopi Hari? Sabe fechar os olhos e gritar? Tensionando todos os músculos do corpo? Foi o que eu fiz quando aquele carro atravessou na minha frente, tão rápido, que não teria freio ABS que segurasse meu besouro.

Ele vinha numa velocidade tão consideravel que amassei o seu parachoques, so que qualquer enconstadinha num carro rapidão vira uma trombada ne? Rodou na rua, e quebrou o eixo transeiro do lado oposto, por atingir o canteiro central. E meu besouro? Tampa do capô arrebentada, radiadores estourados, sistema de ar condicionado sem funcionar... A mess!

To be continued.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

I want my world this way: Scenic.

Scenic World

The lights go on
The lights go off
When things don't feel right
I lie down like a tired dog
Licking his wounds in the shade

When i feel alive
I try to immagine a careless life


A scenic world where the sunsets are all breathtaking


Beirut - Scenic World



Check it on:

http://www.lastfm.com.br/music/Beirut/_/Scenic+World

E uma outra versão, não menos agradável:

http://www.youtube.com/watch?v=O9HDIPeLvJk

domingo, 7 de dezembro de 2008

Back from Audrey nite.

Duas e meia da manhã, nada muito esclarecido depois de um certo serviço de manobrista do Audrey perder minha chave e inventar histórias escabrosas para explicar o ocorrido, eu volto pra casa, e grande foi minha surpresa em ver uma chuva torrencial numa Recife que há dias não via tanta água. Passando pelo Pina, raios... mas raios em Recife? Difícil ver por aqui raios que produzam luz suficiente para fazer o asfalto os refletir e assustar o menino que aqui vos escreve e que já esteve a poucas milhas de uma Thunderstorm, um Tornadinho de pequeno porte, há uns anos, no meio oeste norte americano. Subindo a Antônio de Goés bem rapidamente para não ter surpresas desagradáveis resolvi, por ver um guarda no sinal (sim um guarda no sinal, as três da manhã debaixo de chuva e raios...) parar o carro para não levar uma multa.
E derrepente: "bfut!" Uma CG150, bate no meu parachoque, e no tempo de olhar pro espelho, eu já vi o carona em pé do lado da moto. É incrível como nessas horas, todos os programas "trash" sobre assaltos, assassinatos, perseguições, e etc etc, passam em sua cabeça. E uma cadeia de raciocínio se monta em segundos:
Três da manhã, chuva, moto, batida, homem em pé do lado do carro, assalto... Do something!
Arranquei o carro. n ia dar tempo de nada msm, risco totalmente calculado.

Dei a volta no quarteirão e voltei para a blitz pela qual eu passara a uns metros atrás:

Boa noite, senhor.

"Boa noite, parei aqui porque acho que ia ser assaltado, diante de um guarda colega de voces, no sinal ali na frente."

"Vou acompanhar o senhor até a ponte do Pina e apanho meu colega"

Me acompanhar ou apanhar o colega? Na minha opinião a segunda opção é a mais realista, mas foi bem louvável a ideia do "oficial" acompanhar meu carro até a ponte.

Minhas pernas começaram a tremer quando passava no Cabanga, tempo para a adrenalina baixar, e me deixar com raiva.

Fico meio envergonhado de escrever algo assim sobre minha cidade. Uma cidade que gosto tanto e que acho tão bonita. Mas queria poder viver aqui sem medo, sem achar que um moto poderia sim ter derrapado com a água na pista e que um motoqueiro não precisava ter batido no meu parachoques para me assaltar, bastava ter me apontado uma arma, como é muito mais comum. Mas como "Cardinot" e companhia limitada responsáveis fazem a mídia do medo (até realista. mas às vezes exagerada) na cidade não deixam ninguém ver o lado menos negativo das coisas pintando Recife como um Hellcife, esse argumento midiático domina e os sustos sempre, mas sempre mesmo deixam a brincadeira da vida menos agradável.