sábado, 20 de dezembro de 2008

Insatisfeito, entrada.

Bom, resolvi que não iria expor história tão inconvinente e com viés tão inacreditável mas diante dos últimos fatos minha insatisfação chegou em seu limite, no topo. Então, em dois ou talvez três posts eu consiga expor tudo que preciso.

Relato:

Sábado, treze de dezembro de 2008. As sete da manhã sai de casa e passei na casa de Ana Sofia, minha dupla de faculdade, companheira de tantas roubadas ( e não roubadas ) para irmos em Arcoverde, cidade conhecida e querida por nós, por suas festas juninas e por ser a "terra mater" de Arnoldo, a outra ponta de nosso triângulo amistoso. O obejetivo era trocar de carro, afinal desde que conheci Arnoldo Filho que ele me dizia:

" Quando for trocar de carro, venha trocar em Arcoverde, meu pai é amigo de Toin ( Oi? ) o dono de uma concessionária aqui , e aí tudo fica mais fácil, sabe né? Troca de favores típica de interior...

Assim, eu fui. Perto de casa, Dia de Santa Luzia, e a paróquia de meu bairro estava em festa, afinal era dia da padroeira. Passamos em meio a uma avenida cheia de santinhos, imagens, barraquinhas e fitas coloridas amarradas nas grades da praça, que ganhava ares de Bonfim quando o vento dava e levantava as fitinhas formando um arco-iris bonito de se ver. Pedestres, carro de procissão, todos querendo pagar promessas aquela que protege as janelas de nossa alma. Seguindo pela BR 232, Rodovia Luís Gonzaga tava tudo certo, tudo bonito, lindo. Dia de sol, chocolate na mochila, Jason Mraz cantando "I'm yours" e meu corsa verde subia em direção a serra normalmente sem intercorrências. Subitamente, o ponteiro indicador da temperatura passou a subir, subir e subir. Não era possível que meu besouro ( apelido carinhoso do meu corsinha 99) estivesse presentindo que seria trocado.. Paremos uma vez, duas, três vezes. E já na altura de Bezerros ( da cidade de Bezerros) depois de parar cinco vezes, resolvi ir numa oficina. Veredito: válvula de num sei o que, que so pode ser trocada depois que o carro estiver frio, o que me custariam duas horas, tempo suficiente para chegar no destino... Resolvi voltar, e no caminho de volta, o carro passou a baixar a temperatura. Foi impossível, esse ser que vós escreve não imaginar que tudo não passava de uma armação de meu carrinho, pelo qual eu conservava tanto carinho, para que não fosse trocando. Mas num consenso dentro do carro, eu, o pai e a "dupra" resolvemos: Vamos!

Daí até Arcoverde foram mais três paradas para colocar água no radiador, e mais duas para esperar que mesmo no calor de uns 42 graus, no mínimo, o Besouro baixasse sua febre. Nessa duas, parei o carro no acostamento, e de lado a lado da BR apenas uma vegetação cinza e uns urubus viajavam. Olhava de lado, e via aquele fervilhar do asfalto, olhava o painel e via a temperatura cravada em 100 Celsius. Mas eu tinha colocado na cabeça que chegaria até lá. Subindo e descendo serras, cheguei. Peguei a entrada para a casa de Arnoldo e aconteceu o Inacontecível: bati o carro.

Seguia a direita do veículo que colidiu com o meu, e numa via de maior fluxo, num cruzamento sem sinalização . De quem era a razão? Bom, segundo o guarda de trânsito, do BPM de Arcoverde :

" Veja bem Dr., o senhor está com a razão, mas se as duas partes não entrarem em acordo, é melhor o senhor não brigar, porque pode complicar. "

Complicar? Bom, deixe-me explicar. O veículo que vinha no outro lado do cruzamento e que deveria ter parado, ( não que eu não devesse, mas diante das circunstâncias de favorecimento, não parei) era de propriedade de um "Dr. advogado"(como ele mesmo se intitulou quando se dirigiu a mim) um carro de luxo, recém tirado da concessionária. E ironia do destino, a figura era advogado da empresa com a qual eu faria negócio com meu besouro... E mais coincidência ainda, o tal Toin, passava no hora da batida...

Sabe a Torre Eiffel do Hopi Hari? Sabe fechar os olhos e gritar? Tensionando todos os músculos do corpo? Foi o que eu fiz quando aquele carro atravessou na minha frente, tão rápido, que não teria freio ABS que segurasse meu besouro.

Ele vinha numa velocidade tão consideravel que amassei o seu parachoques, so que qualquer enconstadinha num carro rapidão vira uma trombada ne? Rodou na rua, e quebrou o eixo transeiro do lado oposto, por atingir o canteiro central. E meu besouro? Tampa do capô arrebentada, radiadores estourados, sistema de ar condicionado sem funcionar... A mess!

To be continued.

Um comentário:

Olavo Coelho disse...

Bom, digamos que seu Besouro esquenta sem mesmo pressentir que será vendido, vide ida a Porto de Galinhas. Do resto... eu bem sei a raiva disso tudo.